sábado, 4 de abril de 2015

Nhac! Lá se vai outra mordida!
Chegar à escolinha de seu filho e receber a notícia de que ele mordeu o coleguinha é muito constrangedor, além do que fica difícil encarar os pais da criança que foi vítima da agressão. O oposto também nos causa indignação, já que ao deixarmos nossos pequenos na escola esperamos que recebam todo cuidado e atenção.

Mas por que as crianças mordem?
Até por volta dos três anos de idade os pequenos ainda não desenvolveram completamente a fala. Tal dificuldade em se comunicar oralmente, expressando integralmente seus desejos e necessidades, poderá ocasionar em mordidas.
Ao morder um coleguinha a criança expressa frustração ou até um desejo contrariado. Ela disputa pelo brinquedo, pelo espaço ou até mesmo pela atenção do adulto.
Nessa fase ela ainda é muito egocêntrica, ou seja, centrada em si, em seus desejos e incapaz de se colocar no lugar do outro.
As crianças também não sabem as regras sociais e de boa convivência, como não se colocam no lugar do outro também não conseguem saber das causas e consequências de suas atitudes.

Mas o que fazer então? Devo encarar isso como normal e seguir em frente?
Não, é possível ajudar seu filhote a superar essa fase. A criança morde, mas logo observa o que acontece em seu redor. Se ele conseguir o que deseja depois da mordida, logo repetirá a ação.
Não supervalorize a mordida, atenda a criança que foi agredida e só depois converse com o agressor sobre seu comportamento.
É importante manter a calma, evite acessos de raiva na frente da criança, lembre-se que ela não sabe controlar seus impulsos e necessita imitar você para aprender.
Não espere a situação se repetir para agir. Mostre a ele que ficou contrariada com seu comportamento e tire-o da situação. Se ele estiver brincando afaste-o da brincadeira repreendendo-o pela mordida.
Repita a bronca e afaste-o sempre que tornar a morder até que perceba as consequências de seus atos.
Espere seu filho se acalmar e converse com ele, sobre o que o fez ficar bravo e morder o colega e explique a ele outras maneiras de agir.
Nunca morda o seu filho de volta, acompanhe os desenhos e programas de TV que seu filho assiste, não o exponha à violência, isso poderá acentuar a sua agressividade. Também nunca ensine a criança a revidar a mordida.
Fique atenta ao comportamento do filhote, apesar de “mordidas” fazerem parte do desenvolvimento infantil, em casos acentuados podem indicar problemas emocionais como insatisfação, ansiedade, sentimentos de rejeição e agressividade. Nesse caso uma boa conversa com o pediatra ou um psicólogo irá ajudar na resolução do problema.

E quanto à escola?
Quanto à escola, é importante uma boa conversa com a equipe gestora para avaliar as condições desse ambiente questionando se o espaço físico e os brinquedos disponíveis são suficientes para todas as crianças.
Se a rotina é bem organizada respeitando as necessidades das crianças de atenção, atividades, sono e alimentação evitando assim estresse e frustração.
Se os adultos que cuidam das crianças possuem um bom vinculo afetivo e conseguem dar a atenção necessária a cada um dos pimpolhos.
Em casa ou na escola é importante lembrar que a criança está aprendendo a interagir, dividir a atenção, a se relacionar com o mundo a seu redor, ela necessita da intervenção do adulto para aprender e o imitará o tempo todo, para tanto, precisa de limites e de bons modelos de comportamento, é papel do adulto ajudá-la a usar a linguagem para se comunicar e alcançar seus objetivos.









quarta-feira, 1 de abril de 2015

O bebê que eu espero

Quando uma mulher se descobre grávida é quase indescritível as sensações que permeiam esse momento. Um misto de alegria e medo percorre seu corpo como uma descarga elétrica e parece até que seu coração vai parar naquele instante.
Para algumas mulheres trata-se de uma alegria, de uma felicidade sem fim. Sabemos também dos conflitos experimentados por tantas mulheres que não esperavam por uma gestação e que sentem-se ameaçadas pelos acontecimentos.
De qualquer modo, a gestação é uma experiência muito intensa, única e individual, mas é certo que nos remete a um novo estágio de nossas vidas, cheio de dúvidas, incertezas e idealizações com as quais a mulher passará a lidar.
A gravidez acarreta mudanças na vida da mulher nos diversos aspectos físicos, familiares, sociais, financeiros e até existenciais.
E como não sonhar, sonhar com o bebê que traremos ao mundo, com seu futuro, suas conquistas, sua imensa beleza, então, inicia-se o vínculo entre pais e bebês, o retrato mental do seu filho em gestação, o filho ideal.
Hoje sabemos que alguns comportamentos da gestante podem favorecer ou não o feto. O consumo de álcool e nicotina e outras drogas podem causar danos, também os pensamentos e sentimentos da mãe podem deixar marcas psíquicas que condicionarão sua forma de ser e reagir, assim como atitudes positivas podem influenciar no bom desenvolvimento do bebê, contribuindo para seu desenvolvimento, como uma alimentação saudável, os cuidados com o corpo e com a mente, as leituras e canções entoadas e as conversas com o feto.
E assim começa essa viagem pelas veredas da maternidade.